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SURFISTA CEARENSE NA CRISTA DA POROROCA AMAZÔNIA



EMOÇÃO AMAZÔNICA
Na crista da pororoca
Cearenses se juntaram aos mais de 130 surfistas quebraram o recorde nacional em surfe de onda de maré
Ao todo, 132 surfistas, dentre eles, três cearenses, entraram no Rio Capim, em São Domingos do Capim, distante 150km de Belém (PA); número é o novo recorde brasileiro de conjunto de surfistas ao mesmo tempo em onda de pororoca
Durante o último equinócio - no dia 21 - a Associação Brasileira de Surf na Pororoca reuniu o maior grupo que se tem notícia com o objetivo de estabelecer o recorde brasileiro de número de pessoas surfando uma mesma onda de maré. Três cearenses estiveram presentes e, com letras escritas à adrenalina e emoção, puseram seus nomes nos anais da modalidade.
A aventura começou em São Domingos do Capim, distante 150km de Belém (PA). Os especialistas em pororoca Adilton Mariano (heptacampeão brasileiro), Marcelo Bibita (primeiro recordista de tempo de permanência na onda) e o bicampeão mundial de surfe, Pablo Paulino, foram convidados a colocar toda as suas experiências à prova em uma missão bem difícil: fazer parte do grupo que estabeleceria um novo recorde.
O fenômeno é típico de alguns rios da Bacia Amazônica e na grande maioria dos casos ocorre em locais isolados. Contudo, a pororoca pode ser observada bem próxima do centro da cidade paraense e basta se afastar uns poucos quilômetros que já dá para surfar a onda. Essas condições movimentam o local, o que motivou a criação do Festival da Pororoca, há 17 anos.
Não é todo dia que a prática do surfe é possível. Como o fenômeno é formado pela diferença de amplitude entre marés, é natural que ela fique maior e mais forte nos dias de mar alto.
Melhor condição
Ciente disso, a operação teve início no dia 19 de março, com o mapeamento das bancadas e à análise do melhor posicionamento dos mais de cem surfistas que participariam da quebra do recorde no dia seguinte.

Com o apoio do Corpo de Bombeiros e da Marinha, a primeira tentativa oficial foi uma "loucura". Isso porque o festival atrai muita gente que costuma ir de jet-ski até São Domingos do Capim. Alguns conseguiram furar o bloqueio de segurança e, com as ondulações formadas pelas motos aquáticas, vários surfistas foram derrubados.
No último dia de operação, com a intervenção incisiva da Marinha e do Corpo de Bombeiros, esse problema fora sanado, no entanto, agora só restaria mais uma tentativa, que seria no domingo.
Mas antes da última tentativa, uma outra aventura, ainda mais radical, estava programada. Desta vez o surfe na pororoca seria na maré da noite, ainda aproveitando a força do Equinócio. E por volta da meia noite, armados apenas com pranchas iluminadas com luzes de led, sete convidados, dentre eles os três cearenses, enfrentaram seus medos e adentraram nas escuras águas do Rio Capim.
Recorde
O domingo começou muito tenso. Os mais experientes vinham de duas operações seguidas. Mas não havia outra chance e o cansaço era grande. Precisamente às duas e dez da tarde a pororoca surge no horizonte, ainda maior e mais forte que no dia anterior. Era tudo ou nada.
132 surfistas entraram no rio e destes, pouco mais de 80 conseguiram pegar a onda, com 19 conseguindo ficar de pé simultaneamente, estabelecendo assim o primeiro recorde brasileiro de pessoas surfando ao mesmo tempo uma pororoca.
Para o cearense Pablo Paulino, a onda transmite uma emoção única. "Pra mim foi uma experiência incrível que espero repetir o mais breve possível", afirmou, após sair das águas.
Fonte: Diário do Nordeste