SURFISTA CEARENSE QUE DISPUTOU WCT SUPERA DRAMA E ESTÁ PERTO DE VOLTAR AO MAR
Fábio Silva, ‘nativo’ da Praia do Titanzinho, chegou a ficar no corredor do hospital à espera de um leito devido à uma trombose
Fabinho Silva disputou o Circuito Mundial de Surfe em 1998 e 1999 (FOTO: divulgação)Fabinho Silva disputou o Circuito Mundial de Surfe em 1998 e 1999 (FOTO: Divulgação)
Na Praia do Titanzinho – o berço do surfe cearense – Fábio Carlos da Silva é ídolo, rei da meninada que inicia no esporte. Em setembro, o orgulho cearense passou por uma situação que qualquer majestade, ou súdito, não gostaria de enfrentar. Ficou internado no Hospital Geral de Fortaleza (HGF), passou algum tempo, inclusive, nos corredores da unidade de saúde à espera de um leito.
Praticamente recuperado, luta agora para voltar ao mar.
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Inicialmente a suspeita era de um Acidente Vascular Cerebral (AVC). No entanto, o ex-integrante da Divisão de Elite do Circuito Mundial (WCT) teve uma trombose venosa. Os médicos não descobriram o que poderia ter causado o problema.
“Ainda estou em fase de tratamento. A previsão para voltar a surfar é no finalzinho de março, começo de abril. Eu estou em fase de medicação e fazendo pilates para voltar com força. Estou tendo acompanhamento com exames de sangue. Tenho uma consulta marcada também para fazer um check up”, indica o duas vezes vice-campeão brasileiro, que agora já faz caminhadas matinais.
Pai de Fabiane (18 anos), Gustavo (11 anos) e Giovana (3 anos), Fabinho ainda pretender competir em alto nível. Primeiro, o Circuito Brasileiro Master. E quem sabe, caso tenha bons resultados, o Mundial da categoria. Aos 43 anos, possui também outros desejos.
“Ano que vem tenho o projeto de montar uma escolinha. Sonho em voltar a estudar, porque eu parei por conta do surfe”, revelou o vencedor de uma das categorias do ISA Games 2000, uma espécie de campeonato entre seleções.
Fábio Silva ficou internado no Hospital Geral de Fortaleza (HGF) (FOTO: arquivo pessoal)Fábio Silva ficou internado no Hospital Geral de Fortaleza (FOTO: Arquivo pessoal)
De origem humilde, Fabinho não chegou a completar os estudos colegiais. A esposa Liane Ruth deixou de trabalhar como cozinheira para ajudar o marido no tratamento em casa.
Gratidão
Mesmo tendo morado quase 10 anos em Floripa por dedicação ao surfe, além de ter vencido a primeira edição da Divisão de Acesso do Circuito Mundial (WQS) no Nordeste, em 1996, Fábio precisou contar com a ajuda financeira para superar a situação inglória.
Sem plano de saúde, o surfista obteve depósitos de pessoas solidárias. Alguns amigos fizeram eventos para custear os gastos necessários. Uma camisa foi confeccionada em um dos projetos de apoio. A peça contou com os dizeres: ‘Força, Fabinho. O surfe te ama’.
“A mobilização foi muito grande. Tive doações de dinheiro, de alimentos. Meus patrocinadores também ajudaram. Eu não tinha imaginação que era tão querido no mundo do surfe. Foi uma coisa que me deu muita energia, eu tive muita fé”, concluiu.
Fonte: Tribuna do Ceará
