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IRRIGANTES DO CEARÁ AMARGAM DESCASO DE DÉCADAS

Só mesmo a persistência para explicar ainda haver alguma atividade produtiva nos 14 perímetros irrigados existentes no Estado do Ceará
O Diário do Nordeste visitou oito de um total de 14 perímetros irrigados instalados no Ceará pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs). O substantivo mais usado pelos irrigantes para descrever a situação dessas unidades produtivas é abandono. De fato, o Dnocs, ao longo do tempo, praticou mais o verbo abandonar do que o investir. A crise hídrica que afeta o Estado atingiu em cheio essas unidades, reduzindo a produção agropecuária em mais de 70% e afetando a vida de 4.500 famílias. O tempo passou e não houve investimentos financeiros, tecnológicos, de adaptação dos antigos projetos à realidade atual ou de oferta de assistência técnica aos irrigantes.
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O sonho que começou no início da década de 1970 tornou-se um triste pesadelo para milhares de famílias de pequenos produtores rurais que adquiriram casas e lotes agrícolas. Dedicaram uma vida inteira para terminar olhando para uma terra seca, improdutiva, ociosa, vivendo sob a dependência de aposentadorias rurais ou de programas de assistência social de transferência de renda do governo federal.
O termo 'perímetros irrigados' tornou-se inapropriado, pois justamente o que não há é irrigação. A maioria dos canais, onde deveria escorrer água, está quebrada, rachada pela ação do tempo. Eles estão secos. Os lotes que deveriam produzir estão ociosos. A terra tornou-se árida, culturas morreram por falta de água ou ataques de pragas. A produção caiu drasticamente. A renda familiar despencou.
Nas próximas páginas você vai conhecer a triste realidade de oito perímetros do Dnocs no Estado do Ceará, que refletem o quadro dos demais. Vai ficar sabendo um pouco da história de produtores que ainda insistem em trabalhar ou esperar por um tempo de bonança, que parece nunca chegar. Os desafios enfrentados, a resistência de alguns. Histórias de pessoas simples, dedicadas à agricultura, que não perdem a esperança, mesmo diante das mais intensas adversidades.
Fonte; DN