Recent comments

ads header

Últimas Notícias

CRIMINOSOS METRALHAM CASA DE AGENTES PENINTENCIÁRIOS EM FORTALEZA CE

                                                    FOTO MERAMENTE ILUSTRATIVA A residência de dois agentes penitenciários, incluindo u...

BEBA COM CAFÉ COM MODERAÇÃO, RECOMENDA CARDIOLOGISTA


Equilíbrio deve ditar todas as dietas. Com a cafeína não é diferente. Os benefícios cognitivos são conhecidos, mas não justificam excesso no consumo, uma vez que a substância pode aumentar a frequência cardíaca
O brasileiro tem uma paixão e se chama café! A cafeína é o item principal dessa bebida que possui de 1% a 2,5% da substância em sua composição. Ao estimular o Sistema Nervoso Central, a cafeína ajuda a melhorar o estado de alerta e de energia, além de aumentar a concentração e reduzir a sonolência.
Quando consumida em excesso, pode levar a um aumento da frequência cardíaca e ser um agente indutor de arritmias, sendo necessário reduzir sua ingestão ou substituir pelo café descafeinado, diz o cardiologista Ricardo Pereira, professor titular da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC) e diretor do Unicordis (Hospital São Mateus).
Como age no organismo
Segundo a nutricionista funcional Nathália Lobo, a cafeína possui mecanismos de ação central e periférica, capazes de excitar ou restaurar as funções cerebrais e bulbares. "O potencial ergogênico da cafeína, o aumento da capacidade para o trabalho corporal ou mental, é o maior benefício encontrado até hoje".
O composto químico é encontrado na versão tradicional (café coado), no solúvel e expresso, bebida 'ice tea' e energéticos, refrigerantes de cola, cacau, chocolates, achocolatados e alguns tipos de chá.
Uma xícara de chá mate contém de 20 mg a 30 mg de cafeína. A mesma porção de chá verde possui de 25 mg a 40 mg, enquanto o chá preto, de 15 mg a 60 mg. A composição química dos chás pode variar quanto à espécie, idade das folhas, estação, ao clima e às condições de cultivo.
Descafeinado
Ao contrário do que muitos pensam, o café descafeinado possui cafeína, embora em pequenas porções (de 2 mg a 4 mg). Para ser chamado como tal, precisa ter no mínimo 97% de cafeína retirada. "Como o café tem cerca de 800 a 1.500 compostos químicos, extrair de 1% a 2% de cafeína sem alterar o sabor original é quase impossível", complementa Nathália Lobo.
Mas o consumo do café descafeinado exige cautela. A nutricionista Nara Parente, professora titular da Universidade de Fortaleza (Unifor), alerta para a presença de um reagente que contém cloro (usado no processo de extração da cafeína). "O consumo excessivo de cloro pode aumentar o risco de doenças neurológicas. Caso seja recomendada a retirada total da cafeína da dieta, o ideal é não consumir o descafeinado diariamente", diz.
O processo de absorção da cafeína pelo organismo ocorre rapidamente (cerca de 100% de biodisponibilidade), alcançando concentração máxima na corrente sanguínea de 15 a 120 minutos após o consumo.
Sua metabolização (no fígado) surte efeitos comportamentais após a ingestão de doses baixas ou moderadas deste composto (50-300 mg), como a melhora na performance cognitiva e psicomotora, e uma melhor vigilância auditiva e do tempo de retenção visual.
Quantidade saudável
Estudos apontam como seguro a ingestão máxima de 400 mg de cafeína/dia (três xícaras de café de 150 ml) para adultos saudáveis. "Cada um metaboliza a cafeína de forma diferente, e uma tolerância maior ou menor. A dosagem tem que ser analisada individualmente", afirma Nathália Lobo.
Efeitos como taquicardia, palpitações, insônia, ansiedade, dores de cabeça e náuseas podem manifestar-se nos indivíduos sensíveis à cafeína, mesmo sem que tenham consumido altas quantidades de café.
Durante a manhã até o início da tarde é o melhor horário para consumir. Após às 16 horas, pode prejudicar a qualidade do sono.
"A bebida tende a piorar os sintomas da ansiedade, uma vez que em torno das oito horas da manhã que há uma alta do cortisol (hormônio do estresse) em pessoas muito ansiosas", acrescenta a nutricionista Nara Parente, do grupo de pesquisa Nutrindo da Universidade Estadual do Ceará (Uece), mestre e doutoranda em Saúde Pública.
Efeitos no coração
O café tem um efeito agudo na pressão arterial, mas em curto prazo. É prudente evitar medir a pressão arterial após ingerir café, pois somente após uma hora do consumo a pressão será estabilizada devido à influência do café. "Não há ação da cafeína na pressão arterial a longo prazo. Razão pela qual não é necessário haver restrição de café na dieta do indivíduo hipertenso", comenta o cardiologista Ricardo Pereira.
Já os níveis de colesterol podem ser elevados por meio do consumo do café não filtrado, também conhecido como café árabe, devido a um aumento das substâncias cafessol e cafeol. "Esse aumento é irrelevante", diz o médico.
Fique por dentro
Composição do café e seus nutrientes
Embora a cafeína seja o componente mais conhecido do café, a constituição química da bebida é formada por alcalóides, incluindo os alcaloides purínicos ou xantinas (cafeína, teobromina, teofilina, paraxantina); ácidos orgânicos (ácido clorogênico 5% a 10% responsável por grande parte da atividade antioxidante da bebida.
Também contém os ácidos cafeico, metilúrico, vanílico, hidroxibenzoico e ferrúlico; os flavonoides (caempferol, quercetol 40%); diterpenos (cafestol, caveol), salicilatos (salicilato de metila); EDTA; ácido benzoico, derivados nicotínicos. Os óleos essenciais (ácido cinâmico, aldeído cinâmico) integram a composição do café, assim como vitaminas (nicotinamida, ácido ascórbico, tiamina, riboflavina e caroteno) e minerais (cálcio, fósforo e ferro).
O café em grão costuma ser mais forte, saboroso, encorpado, além de apresentar maior frescor. O melhor é que mesmo após 15 dias de aberto, o produto ainda mantenha suas propriedades. Isso ocorre porque odores, umidade e outros fatores externos demoram mais tempo para penetrar no centro do grão.
Fonte: DN

Nenhum comentário