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MUSEU DA FOTOGRAFIA EM FORTALEZA CE REALIZA NOVA OFICINA



Quando a rua ganha o foco
Museu da Fotografia Fortaleza realiza nova oficina, sobre fotografia de rua, nos dias 22 e 29 de outubro


 
Na fotografia de rua você não pede por favor, pede perdão. Isso porque, nesse nicho da atividade, o flagrante e a espontaneidade são partes importantes na captação da imagem. Viver a cidade, andar pelas ruas, ter contato com as pessoas: são esses alguns aspectos que devem pautar o curso "Fotografia de Rua", oferecido nos dias 22 e 29 deste mês, pelo Museu da Fotografia Fortaleza.
Ministrada pelo pesquisador e fotógrafo Thiago Braga, a atividade requer inscrições presenciais, sob o valor de R$ 100 reais. Ao todo, são 6 horas/aulas, divididas em dois domingos, das 14h às 17h. No primeiro os alunos verão a história da fotografia de rua e produções de fotógrafos importantes nesta área, como Alex Webber, Henri Cartier-Bresson, Vivian Maier e Leopoldo Plentz.
"Por meio dessas referências eles podem entender a fotografia de rua, a fotografia autoral, que quer contar uma história de rua. Estar na rua, ver com mais calma", explica Thiago Braga. Os alunos poderão viver isso ao longo da semana e fazer suas próprias fotografias de rua, que serão avaliadas e discutidas no segundo dia de curso (29).
A composição para as ruas e técnicas de abordagens serão temas importantes abordados. "Vamos preparar os alunos a criarem suas próprias fotos, a viver esse dia a dia, respirar antes de fotografar, ver e andar pela cidade, sair dessa rapidez do cotidiano e canalizar toda a energia artística na fotografia", ressalta o fotógrafo.
Professor e fotógrafo, formado em filosofia pela UECE e mestre em comunicação pela UFC, onde desenvolveu pesquisas sobre estética fotográfica e filosofia da fotografia, Thiago Bragaé diretor de pesquisa e intercâmbio do iFoto, lecionou no Porto Iracema das Artes e, atualmente, trabalha na escola Travessa da Imagem.
"Desacelerar, não só ver a cidade concreta, mas a cidade orgânica. Sair pra rua, enxergar Fortaleza, que ainda é tão invisível", completa Thiago sobre o propósito da oficina. Desde sua inauguração, o MFF vem investindo em atividades de formação, para diferentes tipos de público. "Fotografia de Rua" é destinado a interessados em geral que possuam câmera fotográfica, celular ou tablet.
Técnica
Embora o improviso e o flagrante sejam traços típicos na fotografia de rua, a técnica também não deve ser deixada de lado. Assim, os métodos trabalhados no curso serão o de compensação, usando a máquina no modo manual.
Ainda assim, Thiago reforça que o objetivo da oficina é fazer o artista imergir, preocupar-se menos com a técnica e muito mais com essa pulsão - a agilidade exigida pela rua, a precisão, programar abertura e velocidade na câmera, escolher se a foto será mais clara ou escura.
"Há algumas técnicas que vamos usar nas aulas, mas não no intuito de limitar os alunos, e sim de oferecer um diferencial", ressalva.
Nesse sentido, há que se diferenciar a fotografia de rua da fotografia de arquitetura e de turismo, ou até mesmo do fotojornalismo, que também preza pela espontaneidade, mas está amarrado na ética jornalística, não podendo haver edição, nem manipulação.
Evolução
Desde de 1860, quando a câmara fotográfica conseguiu fixar objetos em movimentos, a fotografia vem transformando a experiência visual completamente. No caso da fotografia de rua, a linguagem pode ser considerada um meio transformador, em que regras são quebradas e a experimentação, valorizada.
Efeitos na câmera e na edição e a utilização de lentes grande-angular são bem-vindos. A ideia da fotografia de rua é passar ao observador uma sensação do que é estar ali, naquele lugar, naquele momento, de tal maneira que se possa imaginar até o cheiro presente no lugar.
Mais informações:
Curso Fotografia de Rua. Dias 22 e 23 de outubro, das 14h às 17h, no Museu da Fotografia Fortaleza (R. Frederico Borges, 545, Varjota). Investimento: R$ 100. Contato: (85) 3017.3661
Fonte: DN

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